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Taça de Portugal

CAB Madeira conquita Taça de Portugal


Taça

Insulares derrotam CB Penafiel em Fafe

Numa final inédita, o CAB Madeira inscreveu o sue nome na lista de vencedores da Taça de Portugal, ao derrotar o CB Penafiel, por 64-62, num jogo disputado em Fafe e que contou com forte adesão do público local. No confronto entre duas equipas que com todo o mérito chegaram a esta fase da prova, os madeirenses foram mais felizes no final do encontro, o que não invalida dizer que foram merecedores da conquista do troféu. Parabéns às duas equipas pelo desempenho brilhante ao longo de toda a competição, onde o querer, sofrimento e desejo de vitória permitiu-lhes chegar onde poucos apostariam que pudessem chegar.

 

Para um jogo de uma final, a partida começou a bom ritmo, com a equipa do Penafiel a adiantar-se no marcador, utilizando o contra-ataque como a principal arma ofensiva. O CAB, por sua vez, revelava uma enorme ineficácia nos lançamentos de campo, não sendo capaz de tirar vantagem do seu jogo interior, daí o porquê de ter chegado ao final do 1º período a perder por 10-15. 

No segundo quarto as referências ofensivas dos madeirenses, nomeadamente Gentry, Shawn e Jaime, assumiram as responsabilidades ofensivas no jogo, contagiando o resto da equipa, o que coincidiu como um fase do encontro em que a rotação do banco utilizada por Manuel Póvea fez decrescer o rendimento da equipa. 

Os insulares chegaram ao comando do marcador (25-24), mas nos minutos finais da primeira parte a linha de lance-livre possibilitou que os penafidelenses se recolocassem na frente (29-25), capitalizando todas as oportunidades a que tiveram direito. 

Na etapa complementar, as defesas continuaram a superiorizar-se aos ataques, o que obviamente não beneficiava que acontecessem pontos. Mas o que faltava em espectáculo sobrava em emoção incerteza, entrega, luta, com as ambas as equipas a poderem sair vencedoras até aos instantes finais do jogo. 

No final do 3º período, a vantagem da equipa madeirense era de três pontos, comando que voltaria a perder a meio do decisivo quarto quando o Penafiel fez o 49-49, a 5:30 minutos do final do jogo. Os nortenhos compensavam alguma da sua ineficácia ofensiva pelo bom desempenho na luta das tabelas, onde foi conseguindo para além de alguns cestos fáceis segundas posses de bola. Já os madeirenses exploravam as debilidades reveladas pelo Penafiel na defesa do bloqueio da bola, aproveitando para fazer cestos fáceis, ou tirar faltas ao adversário. 

Nos minutos finais a linha de lance-livre naturalmente começou a revelar-se decisiva e foi após uma tentativa falhada por parte de Nathan Menefee (19 pontos, 6 assistências e 3 ressaltos), de onde resultaram dois ressaltos ofensivos consecutivos, que Jaime Silva, com um triplo providencial (59-55), começou a dar rosto à vitória dos madeirenses. 

O treinador Manuel Póvea ainda dispôs de uma oportunidade para preparar uma última jogada que poderia dar empate ou vitória no jogo, pois perdia por dois pontos (59-61), mas ao pisar a linha lateral Rui Mota (9 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências) hipotecou a possibilidade de o Penafiel poder sair vencedor. 

Depois de uma final perdida, o CAB estreava-se como vencedor da Taça de Portugal, atingindo um dos objectivos a que se propôs no inicio da temporada de garantir a presença numa prova europeia. Uma recompensa para a equipa madeirense, que como reconheceu o seu treinador João Freitas foi capaz de ultrapassar as lesões e as dificuldades que isso acarreta em termos de preparação da equipa com querer e uma vontade enorme de fazer história. 

O internacional português Jaime Silva (19 pontos, 6 assistências e 3 ressaltos), embora sem ter realizado um jogo perfeito, fica ligado ao momento do jogo, não se escondendo em nenhum momento. O norte-americano Fred Gentry (14 pontos e 8 ressaltos), sem ter sido dominador, disse presente nos momentos de decisão, não tremendo da linha de lance-livre. 

A derrota não belisca em nada a fantástica prestação do Penafiel ao longo de toda a competição, que de uma forma competente, espremida ao limite, ficou muito próximo de conquistar o troféu. O norte-americano Andrais Thorton (19 pontos e 10 ressaltos) foi o MVP do encontro, mas nem com a ajuda do seu compatriota Jeremy Goode (14 pontos, 6 ressaltos e 3 assistências) conseguiu evitar a frustração de uma derrota nos segundos finais. 

   

Autor: CARLOS SEIXAS